A Postura do Professor em Sala de
Aula
Autor: Fernanda Dorneles Vargas
Data: 20/01/2011 |
RESUMO
O artigo trata da postura do professor em
sala de aula paralelamente aos valores ligados a este profissional, mostrando
por meio de conceitos éticos ligados a estes dois fatores (professor x
valores). Apresenta contribuições de como resgatar algumas atitudes positivas
em sala de aula e discute a necessidade de um compromisso de conduta. O
artigo tem o objetivo de discutir/refletir sobre como deve ser a postura do
profissional. No primeiro momento, veremos quais seriam os valores para uma
prática educativa, após, a influência que estes valores exercem sobre os
alunos e para concluir a conduta do professor com os demais colegas
professores.
Introdução
A idéia de pesquisar sobre o tema "postura
do professor em sala de aula", surgiu, após ter concluído o II estágio
no ensino fundamental. Foram feitas reflexões durante o curso de pedagogia a
respeito da postura, dos valores, da forma como o profissional da educação
deve comportar-se dentro de uma sala de aula perante seus alunos e até mesmo
como estas atitudes afetam o convívio com seus demais colegas educadores. Nos
Parâmetros Curriculares Nacionais, publicado em 1997, a ética além de ser
considerada um dos temas mais trabalhados pelo pensamento filosófico
contemporâneo, é também um tema presente no cotidiano de cada um, fazendo
parte do vocabulário conhecido por quase todos. Leia-se:
"A reflexão ética traz á luz a discussão
sobre a liberdade de escolha. A ética interroga sobre a legitimidade de
práticas e valores consagrados pela tradição e pelo costume. Abrange tanto a
crítica das relações entre os grupos, dos grupos nas instituições e perante
elas, quanto a dimensão das ações pessoais" (p.29-30)
Pensando nisso surgiu à questão de como deve comportar-se o professor dentro da sala de aula?
Estudos na área da psicopedagogia e da ética nos
trazem algumas reflexões:
a) Quais valores seriam necessários ao professor
para atuar de maneira ética?
b) Como esses valores influenciam seus alunos? c) De que forma essa postura pode afetar o ambiente escolar em que trabalha? Para responder a estas questões, serão analisadas algumas passagens bibliográficas do autor Paulo Freire, Vygotsky,Weber,Smolka , entre outros autores.
Os Principais Valores Éticos para uma
Educação de Qualidade
Vivemos em uma época em que tudo depende do
conhecimento. Acreditamos em uma educação de qualidade, pais protegendo seus
filhos de todos os perigos, filhos tendo como exemplos de vida seus familiares,
enfim, acreditamos em uma vida plena e digna de amor, carinho, respeito e
cuidado. Porém, presenciamos diariamente na televisão, jornais e revistas
absurdos como estupros, drogas que exterminam com famílias inteiras, valores
como respeito, diálogo deixados no passado, estamos perdendo tudo isso sem
nem ao menos nos darmos conta do perigo que estamos causando para as gerações
futuras. Então surge na escola o personagem "professor" como última
esperança para mudar o rumo de crianças sofridas que hoje já não conhecem
mais o verdadeiro significado dos valores éticos que são tão necessários para
a vida humana.
A palavra professor vem de "professar",
que, além de lecionar, significa "declarar publicamente uma convicção ou
um compromisso de conduta". Os professores são líderes, os
representantes dos modelos referenciais em que estudantes solidificam as suas
bases. Segundo Reboul,
A educação aparece como uma relação vertical, o
sentido de que o professor se situa acima do aluno, o responsável, aquele que
sabe acima daquele que ignora, o adulto acima da criança. Uma relação de
autoridade, portanto, do professor, do examinador, da instituição?
(Ibid.,p.53.).
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Este profissional da educação deve conter valores como humildade,
bom senso, tolerância, alegria, esperança, comprometimento para que dessa
forma possa fazer uma intervenção no mundo dessas crianças, e paixão por sua
profissão. Ele precisa saber a dimensão real de sua importância nesse papel.
Explicar esses valores é , portanto, muito complexo. Com base em Weber
(2001) podemos compreender inicialmente que valores existem de forma objetiva,
subjetiva e intersubjetiva. Os valores existem, são aprendidos racionalmente,
submetidos à lei da lógica. Os valores nascem a partir das vivências do dia a
dia. Qual seria a importância dos valores citados anteriormente para um
professor ter qualidade na sua prática educativa? Devemos pensar na seguinte
situação: um aluno no início do ano letivo, na turma de alfabetização espera
ansioso por conhecer seu professor novo para começar seu processo de
aprendizagem. Então, neste mesmo instante penetra a sala um ser arrogante,
cheio de si mesmo, com ar superior aos seus alunos. Esta situação seria
decepcionante e desestimuladora, portanto, a humildade se faz tão necessária a prática
pedagógica para um professor que deseja ter uma atitude positiva em sala de
aula como o autor Paulo Freire nos coloca a refletir:
"O meu respeito de professor à pessoa do educando, à sua
curiosidade, à sua timidez, que não devo agravar com procedimentos inibidores
exige de mim o cultivo da humildade e da tolerância."(FREIRE, 1995.p.63)
É preciso desenvolver o amor, o carinho, o respeito com os
educandos e a forma como os tratamos. Na busca de valores nos debatemos com o
bom senso, onde nos vemos na docência cobrando tarefas semanais, cadernos
esquecidos, folhas incompletas. O bom professor deve saber que isto tudo pode
ter acontecido não somente por causa de um descuido do aluno, mas saber, que
imprevistos acontecem, como : doenças , atrasos no trânsito ou simples razões
emocionais e quando isso acontecer saber compreender e ajudar o seu educando
auxiliado pelo seu bom senso na hora de educar. É o bom senso que vai nos
ajudar nas reuniões com os pais, a respeito da formatura de seus filhos em que demoram
a entrar em comum acordo. O bom senso sempre adverte de que há algo para ser
entendido, compreendido mas não diz o que é. (FREIRE,1996).
Ensinar também exige alegria e esperança estas duas possuem
relação infinita. Freire nos emociona com a seguinte observação a respeito
deste assunto: "A esperança de que o professor e alunos podemos juntos
aprender, ensinar, inquietar-nos, produzir e juntos igualmente resistir aos
obstáculos a nossa alegria."
Assim, entendemos que a esperança é um valor intrínseco no ser
humano. Qualquer professor que não possua esta característica está indo contra
uma especificidade humana, pois somos seres em condição do inacabamento,
devemos possuir a consciência de que a esperança faz parte deste processo
formador. É necessário trabalhar a alegria em nossos corações, inundar com a
força de uma alma guerreira, transformadora da realidade que a cerca, força
esta que deve permanecer sempre presente no cotidiano das nossas salas de
aulas. Ao ingressar no ambiente escolar devemos encher nosso peito com amor,
carinho e alegria, fazer das indagações, dos problemas de nossos educandos
também nossos. Acabar com nossos obstáculos que a própria vida nos coloca
como, por exemplo, a falta de dinheiro, a falta de um lar em condições perfeitas
de moradia... deve-se manter a alegria e a esperança pelo simples fato que no
desempenho dessa função social, somos formadores de cidadões críticos,
conscientes e também devemos nos impregnar com estes dois valores tão sublimes.
Não menos importante o comprometimento. É impossível exercer a
docência sem nos comprometermos por inteiro com a discência. "Não posso
ser professor sem me pôr diante dos alunos, sem mostrar a eles com facilidade
ou relutância minha maneira de ser, de pensar e de agir" (FREIRE, 1996).
Fazendo isso não é possível escapar da avaliação dos alunos, por isso, é tão
importante manter as atitudes que digo tão coerentes com as que faço. Quando
temos diante de nós uma questão indagada por um aluno e não temos respostas
devemos ser sinceros a ponto de dizer que não sabemos, mas que iremos pesquisar
juntos nos comprometendo sempre com a verdade, mantendo uma relação ética entre
educando e educador. Mas é preciso sempre manter o cuidado para que todas as
questões não sejam sempre respondidas com "não sei" ou pode acabar
passando a impressão de estar desatento com seus alunos.
Freire acredita :
"Devemos sempre estar atentos a leitura que fazem de minha
atividade com eles. Precisamos aprender a compreender a significação de um
silencio,ou de um sorriso ou de uma retirada da sala de aula. Afinal, o espaço
pedagógico é um texto para ser constantemente lido, interpretado,
"escrito" e " reescrito". (FREIRE, 1996, p.97).
E não podemos nos esquecer no acredito ser o principal para que tudo isso aconteça: a paixão por exercer a sua profissão, e é neste momento que entra o fator consciência. Ela desempenha um papel muito importante no sentido de como encaramos nossa profissão. Ela seria a capacidade que possuímos em distinguir o que seria certo ou errado a partir daquilo que é nosso mais alto valor. Quando escolhemos uma profissão precisamos saber tudo o que nos espera ou pelo menos tentar saber, as dificuldades que serão enfrentadas , os desafios, as gratificações para que a escolha seja feita de froma consciente para que todos os resultados obtidos não se tornem frustrantes e assim afetem todos ao redor e principalmente a nós mesmo, depois de pensar é a hora de exercer a profissão escolhida e para exercê-la da melhor forma possível é preciso ter um valor aliado a tudo isso o amor , a paixão por sua profissão dessa forma não há como não colher bons frutos nas salas de aulas. Acreditar na educação é não fazer de sua atividade profissional, mera forma de ganhar a vida. É necessário também que o professor acredite na disciplina que leciona. Quando trabalhamos no ambiente que gostamos sempre iremos produzir ótimos resultados.
Neste sentido quanto mais envolvimento houver entre os dois seres
no processo de aprendizagem mais eficaz será a conclusão do ensino.
A Postura do professor como influência nos alunos
Um professor, pode ter a crença que é importante incrementar
o conteúdo de determinada disciplina por valores de saúde, respeito,
conhecimento, paz, liberdade e responsabilidade social crítica face ao mundo competitivo
que se vive. Na sua prática educativa ensina valores com base de concepção de
mundo, de pessoa, de trabalho e respeito ao próximo. No entanto, percebe que os
alunos e, até mesmo colegas, julgam insignificante tal atitude de ensinar
valores, além do conteúdo da disciplina. Ante a este dilema, algumas vezes
predomina, com mais força, um tipo de crença: ora do professor e outras dos
alunos ou colegas, ou ainda, entre os valores percebidos, transmitidos, vividos
e idealizados.
Conforme Smolka,
Vygotsky muda o foco da analise psicológica: não é o que o
individuo é, a priori, que explica seus modos de se relacionar com os outros,
mas são as relações sociais nas quais ele está envolvido que podem explicar
seus modos de ser, de agir, de pensar, de relacionar-se. De fato, o individuo
se desenvolve naquilo que ele é através daquilo que ele produz para os outros.
Este processo de formação do individuo (...). Na sua esfera particular,
privada, os seres humanos retêm a função da interação social (Vygotsky,1981,pp.162,164).
Podemos notar através desta passagem o quanto o professor pode
interagir e intervir no mundo infantil. Após ter adotado uma postura ética o
professor passa a projetar estes mesmos valores para seus alunos que acabam
assim por apoderar-se deles e transformando a realidade em que vivem.
Muitos seriam os sentimentos criados por um professor que possui tal postura
perante seus alunos como : Afeto, felicidade ,respeito,entre vários outros. A
seguir veremos mais detalhadamente quais seriam estas mudanças ocorridas nos
alunos em cada um dos sentimentos citados anteriormente.
Existe uma grande divergência quanto à conceituação dos fenômenos
afetivos. Na literatura encontra-se, eventualmente, a utilização dos termos
afeto, emoção e sentimento, aparentemente como sinônimos. Entretanto, na
maioria das vezes, o termo emoção encontra-se relacionado ao componente
biológico do comportamento humano, referindo-se a uma agitação, uma reação de
ordem física. Já a afetividade é utilizada com uma significação mais ampla,
referindo-se às vivências dos indivíduos e às formas de expressão mais
complexas e essencialmente humanas.
Os aspectos afetivos e cognitivos reagiriam, portanto, a estímulos
do meio externo e interno. Está claro para nós entendermos como afeta o fato um
professor chegar à sala de aula estimulado, feliz , carinhoso com
seu alunos, se a parte afetiva é tão estimulada pelo meio exterior no caso o
professor . É preciso trazer a vontade de lecionar para junto de
seus alunos , conseguindo assim conquistar seus corações estimulando-os cada
vez mais para uma aprendizagem eficaz. O professor novato deve ter consciência
deste papel e saber como sua postura irá influenciar seus educandos, para cada
vez mais aperfeiçoar-se nas questões éticas e até mesmo profissionais.
Um outro sentimento que acaba se tornando presente com estas
intervenções pedagógicas seria a felicidade, a felicidade é um momento só
nosso mas ao mesmo tempo nos envolveríamos totalmente com o outro num dado
momento tornando este momento tão inesquecível para algumas crianças que hoje
em dia nem conhecem mais este tipo de sentimento. Segundo Aristóteles, para ser
feliz o homem precisa de amigos virtuosos, esse seria o professor na vida da
criança. A felicidade é todo empenho direcionado à busca da realização.
Um fato que expressa bem esta afirmação é ver uma criança de apenas 1 ano
de idade , em uma turma de Berçário sentir a felicidade de dar os primeiros
passinhos,conseguir comer a comida sozinha, entender o funcionamento do seu
próprio corpo, a forma como ela tenta encontrar nossos olhos para ver a
satisfação que sentimos com a realização pessoal dela e também não deixa de ser
para nós também uma satisfação. Também segundo Aristóteles, a conquista
da felicidade é a realização definitiva de uma trajetória humana, mas, como a
busca e a persistência perduram por toda a existência, a busca pela felicidade
é diária, constante. O nosso grande desafio é manter esta chama acesa em
todos os educandos que passam ao longo do tempo por nós, mas, acredito que o
principal seria conservar esta chama em nós mesmo professores assim seria mais
fácil passarmos este sentimento aos nossos alunos. O autor Anselm Grün
nos deixa uma frase para refletirmos sobre o poder do sentimento felicidade:
"Para quem sente alegria/ felicidade em seu íntimo as coisas correm com
mais facilidade na vida. Sua vida ganha novo sabor"(Grün,2006,p.7).
Sabendo que estes sentimentos são tão importantes em nossa vida
social devemos recordar também do respeito. É necessário ter respeito aos
nossos educandos para que estes também exerçam tal valor com nós.
Percebemos neste momento, que após termos todos estes valores
incorporados em nossa postura humana ,profissional basta deixarmos fluir
para o meio que nos cerca para que todos que estão a nossa volta sejam
atingidos, já que os estímulos são eficazes.
A Postura do professor x ambiente escolar
A escola está inserida no contexto de mundo a compreensão do
ambiente escolar considera, então, o mundo a partir das pessoas que organizam o
espaço escolar.
Para haver ambiente favorável aos educadores, se faz necessário o
cumprimento das normas estabelecidas pela escola, valorizando a profissão e
incentivando o intercambio entre todo o corpo diretivo, docente e demais
funcionários da escola. O trabalho faz parte da formação humana e para aprender
a sobreviver neste mundo a humanidade precisa de trabalhadores capazes de
transformar a natureza para o próprio bem respeitando as dimensões bioéticas.
Assim, todos estão interligados, professor, funcionários da
escola, toda a estrutura educacional, é inevitável que a postura fora da sala
de aula do professor irá afetar todo o entorno educacional. Segundo
Abbagnano,
Para grande parte do pensamento antigo e até Aristóteles, o
diálogo não é somente uma das formas pelas quais se podem exprimir o discurso
filosófico, mas a sua forma própria e privilegiada, porque esse discurso não é
feito pelo filósofo a si mesmo, mas é um conversar, um discutir, um perguntar e
responder entre pessoas associadas pelo interesse comum da pesquisa
(Abbgnano,1982,p.257).
Bom,a escola é um ambiente de constante diálogo, onde todos nós devemos debater as melhores formas de educar, e é neste momento que as idéias, os valores ganham destaque principal, da mesma forma como os alunos sofreram influência os demais colegas de educação também sofrerão. Não seria difícil até mesmo pensar que estes após perceberem as conquistas obtidas pelo professor como alunos mais sociáveis , que compreendem a matéria cm maior facilidade devido a atenção dada a ele, conquistas que facilitariam todo o processo de aprendizagem então os outros colegas de profissão também adotariam esta postura mais positiva com valores éticos, pensem em mudar a sua postura perante os seus colegas e também seus alunos.
Na prática educativa, os valores são formas de intervir no mundo,
implica o esforço contínuo para superar-se a si mesmo dando a todos o
melhor. Na 2ª Jornada Catarinense de Tecnologia Educacional, promovida pelo
Senac no ano de 2000, em Florianópolis/SC, Morreto afirma:
"A ação do educador deve pautar-se na ética profissional
vista como o compromisso de o homem respeitar os seus semelhantes, no trato da
profissão que exerce. Este é o foco da ética profissional: o respeito. O
corolário deste valor é um conjunto de valores, como a competência do
profissional, a constante atualização no domínio dos conteúdos, a honestidade
de propósitos na educação, a avaliação eficiente e eficaz dos alunos. Assim,
podemos afirmar que educar é, por essência, uma atividade ética, tendo em vista
as conseqüências para a vida dos educandos."
Mas o que constantemente somos é "atingidos" por
pessoas sem caráter que fazem de tudo para chegar aos lugares mais altos,
deixando de lado amizades para serem promovidas em seu campo profissional,
presenciamos cenas de professores cansados , mal humorados, reclamando de
salários baixos , como se isso fosse o único problema , na verdade , o problema
é muito mais grave que parece ser: Professores "desapaixonados" por
educar. Imagine a seguinte situação: Professores em uma sala de reuniões
para discutir como será o novo ano letivo que está para iniciar, todo um
planejamento. Bom esse seria o tema, mas nada disso acontece, vemos pessoas
falando de pessoas, criticando seus alunos, dizendo que é só mais um ano que
está para começar. Que infelicidade, fazer parte de um grupo assim. Agora
insira toda a postura que realmente um profissional da educação deve ter... é a
realização de uma transformação naquele meio onde este professor está inserido
e mudando também assim seus colegas. Portanto chega de mantermos uma postura
alienado ao mundo , já que ninguém consegue manter tal postura, porque o
simples fato de escolher alienar-se já é uma escolha. É preciso encher as
escolas, creches, diretorias de pessoas capazes de estimular princípios éticos
, de amor a vocação de educar, de construtores da paz e do bem, para que o
futuro das crianças e dos jovens seja baseado nestas mesmas características .
Conclusão
Percebemos com este artigo em primeiro momento como a postura do
professor em sala pode influenciar ele próprio,como é preciso que ele se
descubra primeiramente como ser individual e aprenda a compreender seus
defeitos e a valorizar suas qualidades positivas para que assim possa repassar
todas essas atitudes para seus alunos em sala de aula, os valores que cada
profissional deve possuir para ter consciência de que sua função social é tão
importante para a vida de todos. Em um segundo momento a maneira como seus
alunos percebem o professor em sala de aula intervindo também
no mundo das crianças, os sentimentos que acabam aparecendo como os de
afeto, felicidade, respeito , valores estes de valor inestimável no ser humano,
relatando isso posso reviver a experiência realizada no primeiro estágio na
educação infantil onde lembro muito bem como foi este primeiro contato com um
mundo ainda tão desconhecido, mas que acabou me fascinando de uma forma
profunda. Chegando a sala de aula percebia muitos rostos pequenos , inocentes
esperando por adquirir novos conhecimentos , ter novas experiência que pudessem
fazer com que se descobrissem cada vez mais e foi ai que começou o meu amor por
estes seres tão pequenos e tão encantadores que são as crianças. Acabei levando
todo o meu amor, carinho , respeito que eu tinha para junto da sala de aula e
foi incrível a experiência que passei, consegui por alguns dias transformar o
mundo deles e o meu e então se faz tão importante ter valores éticos e morais
nessa transformação.
E por fim a relação com seus colegas de trabalho e todo seu
entorno educacional, todo o processo que pode ser facilitado transformando
porque não também seus colegas em pessoas éticas, nada melhor do que saber que
é possível transformar você mesmo e seus colegas, trazer novamente a esperança
em seus corações, a alegria em planejar as aulas, em realizar reuniões pautadas
em assuntos realmente de interesse comum para os alunos e para toda a
comunidade escolar que tanto precisa de nosso apoio e ajuda para até mesmo
transformar a realidade tão dura que às vezes as cerca. Durante o curso
de pedagogia , logo após os estágios percebia a importância do papel do
professor e a forma como ele interagia com o meio escolar.
Percebia logo após o termino dos estágios obrigatórios a
realização de um trabalho bem feito, de alunos que me trouxeram presentes no
último dia de aula, mães que diziam que seus filhos nunca tinham adorado tanto
as aulas como agora, é satisfatório saber que pelo menos por alguns instantes
todo esse comportamento profissional que foi adotado e também emocional,
porque não assim dizer, é tão importante para todos eles. Quando possuímos
princípios de respeito , humildade, esperança , vemos todos a nossa volta
também criarem em seus corações estes sentimentos, por isso , se faz necessário
criar a partir de si mesmo posturas éticas para uma formação acadêmica e
profissional satisfatória.
REFERÊNCIAS
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Ética, Educação e Trabalho/[organizada pela] Universidade Luterana
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____________________. 2ª Jornada Catarinense de Tecnologia Educacional. Tecnologia,
Ética e Valores Humanos SINEPE/SC, nº 85, Florianópolis, setembro de 2000.
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Ética e Valores Humanos SINEPE/SC, nº 85, Florianópolis, setembro de 2000.
Filosofia da Educação/[obra] organizada pela Universidade Luterana
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Psicodinâmica da Aprendizagem/ [organizado pela]Universidade
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Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem/ [organizado pela]
Universidade Luterana do Brasil. ? Curitiba: Ibpex , 2009.
Introdução à Psicopedagogia/ [obra organizada pela] Universidade
Luterana do Brasil.- Curitiba: Editora Ibpex,2009.
Ser ou estar professor? A construção da ética no contexto escolar
Edina Furlan Rampineli..www.periodicos.udesc.br/index.php/linhas/article/view/.../1112. Acesso
em 30/11/10.
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